Mesmo com os avanços nas normas, tecnologias e processos, muitos ambientes de trabalho ainda tratam a Segurança e a Saúde Ocupacional (SSO) como custo ou obstáculo, priorizando prazos e produtividade em detrimento da vida.
Frases como “sempre fiz assim e nunca aconteceu” mostram uma mentalidade que ignora riscos e favorece práticas inseguras, tanto para acidentes quanto para adoecimentos ocupacionais.
1. Resistência à Mudança de Mentalidade
A crença de que experiência evita acidentes é um grande erro. O excesso de confiança leva à negligência nas práticas seguras, no uso de EPIs, EPCs e nos cuidados com a saúde ocupacional.
➝ A experiência não elimina o risco. A exposição contínua sem proteção compromete tanto a segurança imediata quanto a saúde a médio e longo prazo.
2. Falta de Apoio da Liderança
Quando a liderança não prioriza segurança e saúde, ignora recomendações, libera atividades sem condições e não dá o exemplo, compromete toda a cultura organizacional.
➝ A liderança deve valorizar tanto a proteção contra acidentes quanto a preservação da saúde dos trabalhadores.
3. Foco Excessivo na Produção e nos Resultados
A busca incessante por produtividade e prazos faz com que medidas de segurança e programas de saúde ocupacional sejam ignorados. Cuidar da ergonomia, dos riscos físicos, químicos, biológicos e psicossociais é visto como perda de tempo e dinheiro.
➝ Ignorar a SSO gera adoecimentos, afastamentos, acidentes, processos judiciais e grandes perdas financeiras.
4. Deficiência em Treinamento, Comunicação e Conscientização
Faltam treinamentos que integrem segurança e saúde, e que sejam claros, contínuos e aplicáveis. Muitas vezes, trabalhadores sequer são orientados sobre os riscos ocupacionais que enfrentam, como:
🔹 Ruído, poeira, vibração, agentes químicos;
🔹 Riscos ergonômicos;
🔹 Fatores psicossociais (pressão, estresse, jornadas exaustivas).
➝ Sem conscientização, não há percepção de risco nem mudança de comportamento.
5. Baixa Percepção dos Riscos de Acidentes e Doenças Ocupacionais
Muitos riscos são invisíveis a olho nu, como perda auditiva, doenças respiratórias, LER/DORT, estresse, ansiedade e até depressão. A ausência de sinais imediatos leva à falsa sensação de segurança.
➝ A normalização do risco é um dos maiores inimigos da SSO.
Caminhos para Superar Esses Desafios:
✅ Liderança que seja exemplo e incentive segurança e saúde.
✅ Treinamentos constantes, práticos e acessíveis a todos.
✅ Ações que desenvolvam a percepção de risco, tanto físico quanto ocupacional.
✅ Investir em programas de Saúde Ocupacional: ergonomia, prevenção de doenças ocupacionais, controle de agentes ambientais e promoção da saúde mental.
✅ Mostrar que SSO não é custo, mas fator-chave para produtividade, qualidade, redução de afastamentos e sustentabilidade.
Segurança e Saúde Ocupacional não são despesas, são investimentos.
Proteger vidas, prevenir acidentes e doenças ocupacionais deve ser prioridade de todos na empresa. A mudança começa na mentalidade e se fortalece com atitudes, exemplo da liderança, treinamentos, comunicação e compromisso diário com a preservação da vida.













